Obras
Natureza Morta
Pedro Alexandrino
Natureza-morta [uvas e pêssegos], sem data
São Paulo/SP, 1856 – São Paulo/SP, 1942
Óleo sobre tela
Doação Família Azevedo Marques, 1949
Bancada Acessível
Maquete tátil da obra
Maquete tátil da obra. Técnica mista.
Reprodução tátil em elevo
Reprodução tátil em relevo. Prancha
em resina texturizada.
Reprodução tátil em relevo alto contraste
Reprodução tátil em em alto
contraste.
Esquema compositivo em borracha
texturizada.
A Obra em seu contexto
Na imagem aqui exposta vemos o tampo de uma mesa de madeira rústica e, sobre ela, uma composição com frutas e outros objetos de uma casa.
Notamos, no canto inferior esquerdo de quem observa a tela, um pedaço de uma toalha de mesa levemente ondulada e, no centro do quadro, um jarro de cobre, uma fruteira com um pêsego e muitas uvas verdes. Há, ainda, três pêssegos, além de algumas uvas, caídos sobre a mesa.
Esse quadro foi pintado por Pedro Alexandrino, um artista brasileiro que iniciou sua carreira de pintor com apenas onze anos de idade e se tornou um especialista em naturezas mortas, sendo conhecido por sua habilidade em reproduzir com exatidão os efeitos e as consistências dos materiais.
Estar de frente às suas obras é como estar de frente aos próprios objetos!
Repare no brilho do jarro de cobre e no reflexo da toalha nele produzido. Tente perceber a consistência das uvas e pêssegos, as dobras no tecido, os detalhes da mesa de madeira…
Agora feche os olhos e tente imaginar que aromas poderiam vir dessa mesa…Para compor cada obra, os elementos eram selecionados cuidadosamente entre louças e peças delicadas e importadas, frutas e alimentos caros e raros, tecidos exuberantes e finos…
Expostas em seus casarões, as naturezas mortas tinham o poder de afirmar o bom gosto e o requinte das famílias a que pertenciam.
E hoje? Você acha que as pessoas ainda utilizam símbolos para afirmarem sua condição social?
Que objetos domésticos poderiam caracterizar os contrastes sociais das casas existentes em uma sociedade como a nossa?
Poesia que acompanha a obra
O Destino Espera
Márcio Faraco
A pêra no pé madura
Do pomar, a princesa
Hoje, natureza morta
Na fruteira da mesa
Mesa que ali repousa
Silenciosa na sala
Jacarandá-da-baía
Debaixo de uma toalha
O destino espera
A vida dispara
Obra relacionada ao tema
Carlos Scilar
Essa obra foi pintada em 1983 por um artista brasileiro chamado Carlos Scliar. Ao contrário da obra de Pedro Alexandrino, os elementos pintados por Scliar não imitam fielmente o real; suas formas são simplificadas e alongadas e expressam o que ele considerava essencial nos objetos.