Obras
Abstração
Maurício Nogueira Lima
Composição n°2, 1952
Óleo sobre aglomerado
Transferência Divisão de Defesa do Patrimônio Cultural e Paisagístico do Governo do Estado de São Paulo, 1979
Bancada Acessível
Maquete tátil da obra
Maquete tátil da obra. Técnica mista.
Reprodução tátil em relevo
Reprodução tátil em relevo. Prancha
em resina texturizada.
Reprodução tátil em alto contraste
Reprodução tátil em alto contraste.
Esquema compositivo em borracha
texturizada
A Obra em seu contexto
Ao ver essa imagem e tocar nas reproduções em relevo que estão na mesa logo abaixo, tente perceber primeiramente as linhas que foram criadas pelo artista nessa composição. Como ele as organizou? São retas ou curvas? São estreitas ou largas? Consegue identificar formas geométricas? Quais?
Esta obra foi pintada em 1952 por um artista brasileiro chamado Maurício Nogueira Lima. Diferente de quase todas as imagens aqui expostas, essa não pretende representar algum elemento figurativo, isto é, algum elemento semelhante à natureza ou ao meio ambiente em que vivemos. É uma obra abstrata, composta por figuras geométricas nas cores vermelha e amarela sobrepostas por linhas horizontais, verticais e transversais na cor preta. A composição do artista, ou seja, a maneira como ele organizou esses elementos, parece mais uma construção!
No século XX, o mundo passou por muitas transformações: um grande crescimento industrial, desenvolvimento científico e técnico. A fotografia e até o cinema passavam a ser difundidos em larga escala. A arte também se modificou bastante nessa época.
Em obras como essa,vemos a aplicação de conceitos da geometria e da matemática, na criação de uma composição que parece objetiva e racional. É uma obra que busca criar uma nova realidade.
Estar diante de uma obra como essa, era estar diante de algo novo, de elementos e de uma organização nunca antes vistos…
Essa obra lhe faz lembrar alguma coisa conhecida? O que aconteceria se a pendurássemos na parede em outra posição? Que nome você daria a essa composição?
Poesia que acompanha a obra
A linha
Amilcar de Castro
(…) A linha é o silêncio de pensar.
A linha é o silêncio de pensar gente,
de pensar bicho.
É a palavra em silêncio pensando sem palavra.
A linha é silêncio de pensar o universo
sem verso e sem reverso.
Mas é, sem dúvida, uma forma de pensamento.
E jamais devemos esquecer
que há sempre uma folha de papel em branco
à nossa espera (…)
Obra relacionada ao tema
Leopoldo Raimo
Na obra de Leopoldo Raimo as formas não obedecem a nenhum rigor geométrico ou matemático; ele criava com liberdade de gestos e pinceladas. Suas formas são naturais e livres, parecendo manchas espalhadas sobre um plano.